O crochê tunisiano é uma técnica única, que combina características do crochê tradicional e do tricô. Também conhecido como crochê afegão ou crochê árabe, ele vem ganhando espaço entre os artesãos que buscam texturas diferenciadas e novas possibilidades criativas. Mas de onde vem essa técnica, e em que ela realmente difere do crochê comum?
A origem do crochê tunisiano
Apesar do nome, o crochê tunisiano não surgiu exclusivamente na Tunísia. Registros históricos apontam que técnicas semelhantes eram utilizadas em regiões do norte da África, Oriente Médio e Ásia Central. Sua evolução ocorreu de forma paralela ao crochê tradicional e ao tricô, incorporando traços de ambos.
No século XIX, o crochê tunisiano começou a ganhar visibilidade na Europa, principalmente por sua aparência semelhante ao tricô e pela resistência das peças produzidas. O nome “tunisiano” pode ter sido adotado por influência colonial europeia, mas a técnica já era praticada muito antes com nomes e variações regionais.
Como funciona o crochê tunisiano
A principal característica do crochê tunisiano é o uso de uma agulha longa ou com cabo extensor, que permite manter vários pontos na agulha ao mesmo tempo — algo típico do tricô. A confecção de uma carreira envolve dois movimentos: primeiro, os pontos são puxados e mantidos na agulha (ida); depois, são fechados um a um (volta).
Essa estrutura resulta em um tecido mais firme e encorpado, ideal para mantas, bolsas, almofadas e outras peças que precisam de sustentação.
Diferenças entre crochê tunisiano e tradicional
Apesar de ambos utilizarem fios e agulhas com gancho, há diferenças marcantes:
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Agulha: o crochê tunisiano exige agulhas mais longas, enquanto o tradicional usa agulhas curtas.
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Execução: no tunisiano, cada carreira envolve dois passos (ida e volta); no tradicional, cada ponto é completado de uma vez.
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Textura: o tunisiano gera peças mais densas e estruturadas, enquanto o crochê comum oferece mais leveza e flexibilidade.
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Visual: alguns pontos tunisianos se assemelham muito ao tricô, como o ponto “Tunisian Knit Stitch”.
Vale a pena aprender?
Com certeza. O crochê tunisiano expande as possibilidades artesanais, tanto para uso pessoal quanto comercial. É ideal para quem deseja criar peças com um visual diferenciado, com técnicas tradicionais que resgatam a história e ao mesmo tempo inovam no presente.
Se você já domina o crochê tradicional, aprender o tunisiano será um desafio enriquecedor. E se está começando, essa pode ser uma excelente forma de iniciar com um estilo marcante e cheio de personalidade.